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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

NO JARDIM DE DEUS...


Nada havia mudado no Jardim. Não houve uma catástrofe e nem um chacoalhar de árvores. Os frutos não caíram, e não houve uma revoada louca de pássaros ou gemidos angustiosos de animais. Tudo ficou como era antes; talvez um pouco mais silencioso apenas.Nada havia mudando no Jardim, mas, para Adão e sua mulher, o Jardim já era outro.Mudou o olhar de Adão, e, com isso, desfigurou-se o Jardim!Adão já não via a harmonia exterior, pois, agora, somente tinha olhos para o caos que se instalara dentro dele.
Abrira-as nele um abismo interior, e, assim, tudo o que ele conseguia ver era denso de trevas abissais.O que antes era normal na natureza agora se tornara perigo, ameaça e morte. Adão perdera o olhar do Jardim.
Antes Adão via o Jardim. Agora ele via apenas a natureza a ser conquistada, e com muito medo.Nada havia mudado no Jardim, mas o coração do homem agora carregava uma imensa e invisível plantação de cardos e abrolhos.
Nada havia mudado no Jardim, porém Adão agora via tudo com o olhar da culpa e da vergonha.Nada havia mudado no Jardim, embora Adão sentisse uma vontade compulsiva de esconder-se de Deus.
Sim! Quando o coração do homem muda para o mal, até o Éden deixa de ser enxergado na Terra.Assim, não se vê mais o Éden na Terra; pois o Éden não era apenas um lugar na Terra, visto que era apenas a fonte de harmonia que antes se irradiava por toda a Terra.Não se vê mais o Éden na Terra apenas porque o Éden é uma categoria do olhar humano, e não há mais Éden algum dentro do homem.O jardim se tornou do lado de fora aquilo que ele é para nós do lado de dentro: o campo de batalha da morte e da vaidade dos desejos egoístas. E não houve um Éden no tempo-espaço?Claro que houve. Ele, porém, só é visto fora se existir primeiro dentro de nós!Enquanto isso o querubim impede a chegada até a Árvore da Vida, pois, a culpa do homem o faria comer desse outro fruto e, assim, eternizar o seu olhar do Éden como conquista do Paraíso sem Deus. Nada mudou no jardim, mas insistimos viver nesse esconde-esconde com Deus, ouvindo Sua voz a nossa procura e escondidos atrás de nossas culpas e erros que transferimos a outros, e não queremos estar diante dos olhos Dele. Essa é a fuga de Deus, nada havia mudado no jardim... Enquanto isso há uma voz ecoando no jardim: “Onde estás?”. Que essa pergunta faça um eco do tamanho de Deus em você, e mais que isso, essa é a Voz de quem quer ter um encontro com você, porque estar perdido é estar escondido Dele. Nada mudou no jardim...

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